6.3.11

é o fim.


Preciso de um ombro para chorar. Sinto-me mal. Já nem consigo escrever um texto de jeito. As lágrimas escorrem-me pelos olhos até caírem nas pontas dos dedos. É de noite, são 23:51h. Os meus pais estão a dormir, deitados e descansados na cama nem sonham com o que estou a passar. A vida tem destas coisas, nem tudo é perfeito, parece que nada é perfeito ultimamente, a perfeição já nem existe. Fogo, abro a janela e grito, estou a lixar-me para os vizinhos, estou a lixar-me para tudo.
O que é que importa? São meros timbres desafinados, soltos da minha garganta, amanhã já ninguém se irá lembrar. Não consigo conter-me, nunca chorei assim por ninguém, estou mal. Os dedos vão caindo de cansaço aos poucos e poucos, já não sou o que era.
A minha escrita transformou-se.


Mudou-se, acabou-se.


Tu mudaste-me, nem te apercebes-te, fogo como é que não sentes?
Ser forte nem sempre é fácil, temos pena, sou frágil.
Não tenho forças, não aguento isto. Parece ser tudo tão simples, mas não é! Nunca foi, nunca será! Como é que escrevo que sinto um vazio enorme?
Não, não escrevi. Parece não é? Mas não, não escrevi, porra não escrevi!
Sinto-me tão inocente e culpada ao mesmo tempo, vou chorar, vou continuar a chorar. É só isso que sei fazer, vou ocupar o meu tempo a gastar lenços de papel, sinto-me bem.


AMO A VIDA, NESTE MOMENTO SÓ ME APETECE MORRER.


BOA NOITE.

4 comentários:

  1. ou passas pelas mesmo coisas que eu ou andas a entrar na minha mente!

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  2. adoro como escreves, e como exprimes o que vai dentro de ti!

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  3. as vezes tambem me morrer, mas cheguei a conclusao que nao vale apena morrer deixa-mos os nossos amigos e familiares. e as coisas boas da vida :)
    sigo segues-me tambem ??

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