30.1.11

Acho que estou a ter uma ideia.

Vejo-o deitado na cama, com os pés para cima, a presença do computador está lá e está a carregar porque a bateria foi-se. Indiferente á minha pessoa, não responde àquilo que lhe pergunto. Pôs música no pc e perguntou-me se gosto, disse-lhe para aumentar o volume porque soava-me bem e queria ouvir com mais atenção. Apresentou-me a autoria da música e disse-me que aquele sujeito era da sua antiga escola. Não quero publicitar marcas, mas ele encontra-se no meio da internet entre o sitezinho do Facebook. Canta na cama e parece feliz, sabe que escrevo isto sobre ele, e quero convencer-me e acreditar que está feliz por estas palavras virem aqui parar. A inspiração surge do nome e pessoa TiagoBarata. Já não sei o que escrever, a imaginação quer imigrar, perguntei-lhe meio calada se queria que escrevesse algo mais, no meio de sons que não entendi lá disse qualquer coisa que não percebi. Continuei a escrever sem vontade de parar. Olho para ele e quase parece imóvel, o reflexo da página com a luz, reflecte-se nos olhos dele. Já não dizia coisa com coisa.  E com o avançar da noite as coisas que dizia já não faziam sentido, parecia que estava possuído por uma bola de energia. A casa estava em silêncio, e ele era o único que falava. Falava para si próprio, jogava um jogo de futebol (rapazes, típico). Quando marcava golo, gritava e enervava-me com isso porque assustava-me com o silêncio que a casa transportava. A sua voz parecia um ruído estrondoso devido ao maldito silêncio. Estava enérgico.
Até que acalmou. Levantou-se, misturou-se com o silêncio da casa e não fez barulho. Fez a cama e deitou-se. Entre sonhos e pesadelos adormeceu.


«pausa para café!» , podes publicar!
Grande Tiago Barata.

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