26.11.10

Sem adições.

Antes de mais este texto baseia-se em mim.
E sobre o meu insuportável gosto ou desgosto de usar óculos.
É que nem há palavras.
Não gosto.
Não seria muito mais simples se pudesse viver sem adições?
do género, viver com aquilo que nasci.
Sem precisar de adicionar algo para me fazer sentir melhor.
Sem precisar de dois pedacinhos de vidro colados aos olhos.
Quando chove .. a qualidade dos óculos supera qualquer outra coisa, é algo estrondoso!
Ficamos incapacitados de captar qualquer tipo de imagem devido ás malditas gotas de chuva que decidiram aparecer para me fazer escrever isto.
Não há paciência..
E o pior disto tudo é que quanto mais os limpamos, piores ficam.
Todos esborratados com as gotas todas misturadas e ao molho umas em cima das outras.
Parece que têm uma barreira protectora anti-pano.
As gotas juntam-se e fazem os óculos ficarem embaciados .
O que acreditem .. é super agradável e confortável de alguém sentir.
Não haja dúvida.

11.11.10

Estúpido Coração. [desabafo]


Tento não pensar nos meus problemas, mas como tu fazes parte deles é inevitável. Não consigo parar de pensar em ti. Simplesmente não consigo.
Do nada tudo mudou. D'antes nem um 'Olá' agora um abraço.
E é mesmo como eu disse: do nada!
Não percebo como é que tal coisa aconteceu ..
É inédito entre nós. Conhecemo-nos á imenso tempo e nunca me sentia assim contigo. Sinto aquela sensação estranha na barriga quando te vejo.
Aquela sensação de quem está apaixonado\a.
E recuso-me a sentir tal coisa.
Não gosto de me sentir assim!
Devem de estar a pensar: 'tás louca? , é a melhor coisa que te podia ter acontecido! o amor, melhor coisa do mundo'.
Mas digo-vos, não percebem o meu ponto de vista. Não posso criar ilusões na minha cabeça, não quero encher-me de esperanças porque sinto que um dia tudo se transformará em desilusões.
Ainda hoje sinto isso. Umas vezes fazes de conta que não me conheces, passas por mim e nem me falas. Não cabe na minha cabeça. Partes-me o coração. Não tenho palavras e não me sinto bem ao escrever isto.
'Isto' não vai dar em nada, nós, a nossa suposta relação .. nada, mesmo nada. Um dia ao reler este texto sentirei uma dor que jamais esquecerei.
Isso é garantido.

7.11.10

Uma só palavra.

Só faço textos enfadonhos e sem graça. Não inspiram confiança a ninguém. Cada vez que os lês avisam-te sempre para te afastares, eu sou perigosa. Não tenho medo de usar um lápis. Usá-lo e escrever. Cada palavra saída da minha boca ficará entalada no teu ouvido. É grave. Não tem remédio nem solução.
Ficarás com ela presa no teu ouvido para sempre. Morrerás com ela espetada no teu coração. Essa palavra destruirá todo o mal que tu possuíres. Essa palavra irá proteger-te , irá dar-te forças para continuares quando estiveres a uma lágrima de sangue de desistir. É simples. É tão simples quanto isto:
A palavra será amo-te.
Ouvirás a palavra e saberás que estou aqui. Não falo com paredes. Nem ouvidos têm. Seria escusado. É óbvio que só falaria para ti.
Amo-te é acolhedor.
A palavra será acolhedora. Irás ficar com ela, irás tratá-la e aconchegá-la como se fosse a tua própria sombra. Só quererás a palavra. Já te esquecerás de mim. Mas lembra-te:
Eu estou aqui.
Irás esquecer-te de mim, mas eu estou aqui. Ouvirei tudo o que tu falares com a palavra.
Na verdade a palavra será o meu pensamento.
Irei pensar constantemente o quanto te amo.

Dá-me um tema

Sentei-me numa cadeira á frente do computador, entrei no site do blog e ao reler todos os meus textos deu-me vontade de escrever outro.
E adivinhem só..
Aqui estou eu.
Li o que escrevi até agora e reparei que não tenho tema. Apenas falo no óbvio. Mas deixa lá isso, este é o próprio tema. O óbvio do agora.
Escrever sobre algo que está a acontecer não é tarefa fácil. Isto assim não facilita nada as coisas. Claro que quando temos tema, sabemos logo o que escrever, as ideias fluem e tudo se junta numa combinação perfeita.
E voila!
Um texto pronto para se publicar.
Publicamos o texto, vocês comentam, dizem o que acham, e nós lemos e relemos até enjoarmos das palavras que já sabemos de cor.
Depois escrevemos outro, para vocês comentarem e para nós enjoarmos novamente.
Mas um enjoo agradável, é uma opinião, a vossa opinião.
Agradavelmente construtivo, é agradável, sabe bem vermos os comentários a aumentar. Sentimo-nos importantes.
Sabemos que vocês gostaram.
É um saborzinho especial que vai enchendo nos olhos até as lágrimas virarem arrepios.
Certos comentários arrepiam, dão vontade de chorar.
Dão.
E tu dás?

6.11.10

Pessoas, nós.


Gosto de pessoas simples. Sem rodeios. Frontais. Sem mistérios por trás. Directas. Não gosto de gente falsa e hipócrita que não cabe na cabeça de ninguém.
Pessoas simples, que saibam o que querem, que sejam decididas e que tenham uma personalidade forte e bem definida.
Pessoas simples, um espelho, um reflexo de nós, nós próprios.
Simples sem nada a esconder nem a temer.
Gente pura, e clara como a água.
Gente limpa e sem segundas intenções.
Gente simples, páh!
Hoje em dia não há gente assim.
Já não se fazem pessoas assim. Nascem puras e morrem demasiado ocupadas para se preocuparem com os outros. Pessoas invejosas e com ciúmes incontroláveis. Gente assim só há por aí. Com a memória estragada de mentiras. Pessoas que se deixaram levar pela inocência que tinham, e que algures a perderam.


Essa gente simples.
Não existe.

4.11.10

Descobrimentos descobertos.

Se soubéssemos tudo, o que é que haveria para descobrir?
Não haveria o sabor da conquista, da descoberta, da vitória (etc.)
Não haveria o gozo nem o prazer de termos descoberto algo.
Já saberíamos tudo.
Não haveria nada para descobrir.
Nada mesmo.
Conseguem colocar-se nesta situação?
Nesta personagem?
Interpretar o papel destes sujeitos?
Sem sentir o gosto quase maquiavélico de algo nosso.
Algo que fomos nós que descobrimos, e que seremos recordados por isso.
Aquele desgosto de perder uma aposta.
A aposta que inclui uma vida.
Uma vida de descobertas.

Conseguem?

É IMPOSSÍVEL!

1.11.10

Hoje.

Novembro de 2010. Hoje portanto.
Começa um novo mês , aproxima-se um novo ano.
E sinto o tempo a passar cada vez mais depressa. As horas parecem minutos e os minutos puros segundos.
Olho para 'o ontem' e parece que foi hoje , hoje mesmo.
E é só aí que me apercebo do tempo que passou.
Das novas amizades que fiz e desfiz , dos amigos que perdi ..
Alguns deles permanecem na memória até hoje , outros simplesmente desapareceram.
Desapareceram e não voltaram.
Mas a vida assim mesmo é.
Aquilo que conquistamos acaba sempre por desaparecer.
Nada dura para sempre.
Nada.
Os anos passam e sabemos que aquilo que estamos a viver, um dia 'esqueceremos'.
A não ser que seja algo unicamente especial.
Como as histórias que contaremos aos nossos filhos, netos. (etc.)
As puras histórias sobre a nossa infância, as memórias que se perderam algures.
E nesse preciso momento sentiremos um arrepio e saberemos que as reencontrámos.
E haveremos de morrer com essas mesmas memórias.

Essas sim.
Durarão para sempre.